terça-feira, 22 de junho de 2010

Por Vergonha de Amar - Famílias que aceitam/não aceitam filh@s LGB

love is loveUm filho é um filho, independentemente da sua orientação sexual. E o amor por ele(a), é incondicional. O que mais poderá desejar uma mãe ou um pai? Que o seu filho seja feliz.

Esta grande reportagem tem como objectivo tentar "mudar" mentalidades e a forma ainda de pensar de muitas pessoas, que continuam a discriminar. Irá mostrar a dura realidade, que é a dificuldade de muitos pais aceitarem a diferença, mas dando esperança através de casos positivos, testemunhos de jovens e famílias que abraçaram os seus filhos.

Como se sentem as pessoas que ainda não conseguiram a aceitação? Como vivem com essa dor?

Não deixem de ver porque é importante estarmos de mãos dadas com todos os ainda sofrem com a discriminação.

 

E se um dia, o seu filho chegar a casa e disser " mãe, sou gay"? E se essa família for católica, conservadora, "quase perfeita"?
Muito provavelmente ficaria em estado de choque porque ainda são poucas as famílias que estão preparadas para receber uma notícia como esta. Ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, a homossexualidade não é uma doença, uma ideia, uma fase na vida dos adolescentes ou até mesmo um pecado. A ciência não consegue encontrar explicações e a verdade é que sempre existiu mas, por representar uma minoria, ainda não é bem aceite e é alvo de discriminação.

A TVI foi encontrar pais e filhos angustiados. Alguns ainda sem coragem de contar à própria família, outros que foram aceites e que por isso já encontraram um caminho. Talvez poucos imaginam o sofrimento que poderá ser guardar um segredo que nos atormenta das pessoas que mais amamos.

¿Por Vergonha de Amar¿, é uma reportagem que fala do sofrimento de quem ainda não se assumiu. Mas fala também de amor e de famílias que reencontraram os seus filhos e a quem puderam finalmente abraçar.

¿ Por Vergonha de Amar¿, uma reportagem da jornalista Ana Leal, com imagem de Paulo Oliveira e Tiago Ferreira, e montagem de Pedro Cordeiro. Foi emitida Segunda - Feira, dia 21 de Junho, a seguir ao Jornal Nacional no Repórter TVI

(Fonte: TVI)

Link para o vídeo da reportagem

http://www.tvi24.iol.pt/galeria_nova.html?mul_id=13278639

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Para salvar a vida de Kiana Firouz e suspender a deportação do Reino Unido para o Irão

O pedido de asilo na Grã-Bretanha da activista lésbica iraniana kiana1Kiana  Firouz foi negado. Se regressar ao Irão Kiana será seguramente condenada à morte, por ser lésbica, pela realização do documentário sobre a vida das lésbicas no Irão e também pela participação em cenas de amor lésbico no documentário sobre a sua vida, “Cul de Sac”.

Garantida a permanência de Kiana Firouz no Reino Unido (16 de Junho de 2010)

Hoje Kiana Firouz publicou no seu mural do Facebook “still cant believe it... I have been granted leave to remain in the UK as a refugee...”.

Partilhamos a sua felicidade por poder continuar no Reino Unido e poder usufruir dos seus direitos mais básicos – vida e liberdade.

Estamos igualmente felizes por milhares de cartas dirigidas aos responsáveis políticos do Reino Unido, só pelo blog 38degrees.org.uk foram enviadas 1,942 cartas para a nova ministra do interior, e  por 45161 assinaturas da petição pela vida de Kiana Firouz!

A acção global para salvar a vida de Kiana Firouz, é mais um exemplo que a democracia directa é uma alternativa viável e a internet é uma ferramenta incontornável de empowerment e de estímulo à cidadania, quer pela democratização da informação e comunicação, quer como recurso para acção directa.

A organização The Iranian Railroad for Queer Refugees enviou a uma mensagem de agradecimento por todo o apoio internacional, que tornou possível Kiana poder permanecer no Reino Unido e gozar a sua liberdade.  Dirigida às pessoas com cargos políticos, aos grupos, organizações, activistas e pessoas que apoiaram Kiana Firouz na sua batalha, declara: “Nós, gays iranianos, estamos orgulhosos de que não estamos mais sozinhos e há milhões de pessoas que estão bem conscientes sobre a nossa situação e nos apoiam sempre que precisamos deles.”

Granted Leave to Remain in the UK (June 16, 2010)
Kiana Frouz, an Iranian lesbian and filmmaker who left Iran to the UK in 2008 on basis of her sexual orientation has been granted asylum in the UK today. She is the lead actress in the film Cul-de-Sac, a drama-documentary based on Kiana's experiences as an Iranian lesbian, released in London in May 20, 2010.
Kiana's claim was rejected by British Home Office even though they believed her being persecuted for her homosexuality. Now, after all international support, Kiana can stay in the UK and enjoys her freedom.
The Iranian Railroad for Queer Refugees appreciates all official elected, groups, organizations, activists and individuals who supported Kiana Firouz for her battle. We, Iranian queers, are proud that we are not alone anymore and there are millions of people who are well-aware about our situation and they support us whenever we need them.
The IRQR is working with more than 250 Iranian queer asylum seekers worldwide and still about 140 of them are waiting desperately for their asylum or resettlement process.
If you want to get involved more and help Iranian queer refugees please visit IRQR website for more information.
Arsham Parsi
Executive Director
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Iranian Railroad for Queer Refugees  - IRQR
www . irqr . net
info @ irqr . net
(001) 416-548-4171
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IRQR is federally incorporated as a non-profit group according to Canadian law. Biographies of IRQR Board Members and more information can be found at our website.
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IRQR Mailing Address:
477 Sherbourne St.  Suite 312
Toronto, On - M4X 1K5 Canada
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A informação foi confirmada no site LGBT Asylum News

LGBT Asylum News has confirmed that Iranian lesbian Kiana Firouz today received 'leave to remain' in the UK - saving her from removal to Tehran after two refusals, originally and at appeal.

Histórico

Assina a petição

Assina a petição on-line em www.petitiononline.com/kianaf/petition-sign.html para apoiar a sua luta e divulga para que o recurso de Kiana seja considerado. 

A petição tem agora, 21 de Maio 2010, 28347 assinaturas.

Carta para ministro/a responsável

(actualizado 21 de Maio 2010)

Existe também uma carta modelo que pode ser enviada para o ministro responsável pela revisão da decisão de deportação de Kiana Firouz.

Por motivo de mudança de governo a carta deve ser agora dirigida a Theresa May:

Rt Hon Theresa May MP
Home Secretary
2 Marsham Street
London
SW1P 4DF

http://www.scribd.com/doc/30050832/Letter-to-Alan-Johnson-for-Kiana-Firouz

Poderá ser usado o endereço electrónico  public.enquiries@homeoffice.gsi.gov.uk, embora o correio normal pareça ter maior impacto assim uma carta personalizada em vez da carta modelo.

Telefonemas e protestos em frente às Embaixadas britânicas

Em Washington DC, sábado, 1º de Maio, um grupo de solidariedade irá protestar contra as deportações, incluindo a de Kiana Firouz, em frente à embaixada britânica ....

Activistas internacionais estão a pedir que se façam chamadas para as embaixadas do Reino Unido em todo o mundo para protestar contra a deportação dos requerentes de asilo.

Embaixada Britânica em Portugal:

Rua de São Bernardo 33, 1249-082 Lisboa

Telefone (351) (21) 392 4000

Fax: Gabinete do Embaixador (351) (21) 392 41 78  Política & Imprensa (351) (21) 392 40 21

“A minha última esperança é o apoio LGBT”

disse Kiana, de acordo com a DIVA.

Now, the actress - who appears in new independent film Cul De Sac, pictured - has created a petition against the decision. To date, 882 have signed the motion in the hope that it will u-turn the performer's fate.
Speaking to DIVA, Firouz said: "This is my last chance. Even if I were heterosexual, the movie I currently star in contains sexual scenes which, in itself, would be subject to death punishment if I return to Iran.
"Now, the only hope remains for me is LGBT’s support."

Notícia de 21-04-2010 em DIVA

Mais informação e entrevista em http://www.irqr.net/English/241.htm e http://www.irqr.net/English/240.htm

Os funcionários governamentais que têm o poder de decidir por vezes não respeitam a lei. Prova disso são decisões dos tribunais para reverter as deportações, mandando procurar e trazer os requerentes para o reino unido. http://www.independent.co.uk/news/uk/home-news/deporting-gay-asylumseeker-was-unlawful-1627052.html

Segundo um relatório, elaborado por UK Lesbian & Gay Immigration Group - uma instituição de solidariedade social de apoio a pessoas LGBT emigrantes - cerca de 99% dos pedidos de asilo de pessoas LGBT são recusados. A média geral é de 73 %. As razões apontadas são a falta de formação sobre as questões específicas decorrentes de perseguição com base na orientação sexual ou identidade, falta informação actualizada e não consideração pelas orientações do ACNUR sobre o crédito das alegações sobre Orientação Sexual e Identidade de Género dos refugiados, o que resulta em descriminação no país de acolhimento. http://www.uklgig.org.uk/docs/Failing%20the%20Grade%20UKLGIG%20April%202010.pdf

Agradecimento de Kiana ao Grupo no facebook

Dear All,

I would like to thank you for all of your supports, comments and massages. The number of signatures made on my petition overwhelms me. Your supports and your kind letters create enormous ...hope and courage for all of those who are discriminated for their beliefs and sexual orientation in Iran and all over the world.

I am just an example of an Iranian lesbian who has suffered from injustice and discrimination in a religious country. There are thousands of Iranian LGBT who are suffering and getting tortured by their families and the society for their sexual orientation inside Iran. However I believe that even those who are outside of Iran are facing so many difficulties as well.

I hope, this open further opportunity and movement toward an open society in Iran for everyone regardless of their sexual preferences. I also hope to see a day that injustices, tortures and the death penalties that the homosexuals face in Iran be stopped.

Kind regards,

Kiana Firouz

(actualizado em 25 e 28 de Abril 2010, 21 de Maio)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Teresa e Helena - as primeiras pessoas do mesmo sexo a casarem em Portugal

teresa helena cas filhasTeresa e Helena lutam desde 2006 pelo direito de formalizarem a sua família e viram esse sonho concretizado no dia 7 de Junho de 2010 pelas 9:45.

 

A lei que permite o casamento civil entre homossexuais foi aprovada a 11 de Fevereiro de 2010 e promulgada pelo Presidente da República no passado dia 17 de Maio, Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia .

Cinco dias após a publicação em Diário da República da lei número 9/2010, em 31 de Maio de 2010,  a lei entrou em vigor e o casamento entre pessoas do mesmo sexo tornou-se uma realidade em Portugal.

O conceito de casamento passou a ser entendido como “o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos das disposições deste Código” (Ver o texto da lei no Diário da República Electrónico)

"Em nome da lei e da República Portuguesa declaro que Teresa e Helena estão unidas pelo casamento."

Foi com estas palavras da conservadora da 7.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa que o casal de lésbicas que já namora há oito anos concretizou o seu sonho.

7 de Junho de 2010 fica é dia histórico para Portugal e de felicidade para elas, para as suas duas filhas e para tod@s @s que as apoiaram ao longo deste trajecto onde tantas vezes foram vítimas de homofobia e descriminações.

Como salientou José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal:

“Mas, durante muitos anos, muitas pessoas lutaram por isto, sem serem compreendidas, sem serem sequer ouvidas. Esses que lutaram por isto merecem neste momento que homenageie a sua tenacidade, porque devem ser recordados como pessoas com coragem” (Fonte: ionline)

Viva as noivas.
Viva a igualdade de direitos.
Viva @s que lutaram por esse direito.
Viva @s que o vão exercer e viva também @s que optam por não o fazer.

Homoparentalidade a próxima conquista

Esta lei exclui o direito à adopção e não prevê a protecção dos direitos dos filhos destes casais, fruto de relações heterossexuais, adopção ou inseminação artificial. A correcção dessa lacuna está prevista para a próxima legislatura, se a maioria de esquerda persistir. (ver +)

Casamento de Teresa e Helena nas notícias

Diário de Notícias, Público, RTP, SIC, JN, Expresso, Le Figaro, Courrier International, Washington Post, CBS, CTV, BBC, The Asian Age, Fox News, El Comercio, El Universal, La Vanguardia, Libero, RAI, La Repubblica, Libero, O Estadão, O Globo

Lesbian couple weds in Portugal’s 1st gay marriage

Teresa Pires et Helena Paixão deviennent les premières lesbiennes mariées du Portugal,