domingo, 24 de janeiro de 2010

Nepal protege direitos LGBT

■      Nirupa Rai (left) and Nirmala Lawati O Nepal irá ser o primeiro país asiático que protegidos os direitos das minorias sexuais na constituição.

De acordo com o Hindustan Times a nova versão da constituição está prevista para Maio e incluirá o direito à não descriminação baseada na orientação sexual. [ler + Nepal charter to grant gay rights- Hindustan Times]

Esperamos que o exemplo seja seguido por outro países que não volte a acontecer situações com a separação forçada de Nirupa Rai e Nirmala Lawati (na foto à direita). [ler +]

 

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ana Carolina e Chiara Civello juntas em “RESTA”

Ana Carolina e Chiara Civello cantam a música 'Resta' faixa do álbum "N69ve" de Ana Carolina lançado no dia 6 de Agosto de 2009.

Que calor…

Sobre essa parceria Chiara Civello escreveu no seu blog

Minha parceira Ana Carolina está gravado um DVD com vários outros convidados e nosso dueto “Resta” estará nele. [] Nossas canções juntas ficaram muitos especiais. Nós compomos 5 músicas e ela lançou quatro no seu novo CD “Nove” celebrando todos os 9 9 9 9 9 9 9 9 9 na sua vida com nove canções []Eu nunca experimentei uma conexão tão forte em uma colaboração. Nós conseguimos encontrar o lugar perfeito no “meio”, sem esforço e que se estende entre nossos universos musicais e origens. Um lugar onde as músicas e as palavras simplesmente nos invadiram…todas as canções saíram imediatamente em versões duplas e em um processo onde nossas línguas, mesmo sendo diferentes, ajudaram uma à outra na lírica… realmente mágico. (Tradução fã-clube donanacarolina)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A felicidade de hoje: Compersão e Ciúme

A felicidade de hoje

A necessidade básica de aprender: uma nova palavra, Compersão

A batalha por desaprender: Ciúme

ciumes

Encontrei este texto e ele reflete tão bem a minha forma de estar, que da próxima vez que me perguntarem pelo segredo de 15 anos de relação eu passo o link.

Uma mudança de comportamento só pode ser efetivada pela mudança de pensamento, caso contrário não é mudança concreta.

[] o ciúme não é natural. É um comportamento construído socialmente e aceito por tantas gerações que já viemos ao mundo numa sociedade ciumenta, sem muitos exemplos do contrário, e assim crescemos acreditando na naturalidade e necessidade dele. Há milénios atrás, antes da Era Cristã, a poligamia era natural. Não devemos esquecer que o fator histórico é muito importante para entender como vivemos hoje.[] Ora, o casamento monogâmico sendo algo elevado, a poligamia foi rebaixada a pura devassidão e com isso tudo o que pudesse indicar gosto por mais de um, indicação de não-amor. Manter o ideal de amor romântico – monogâmico, único por toda a vida, foi o que gerou os sentimentos de possessividade e insegurança com o medo da perda de um parceiro que, em tese, só pode “ter” uma pessoa apenas.

Mas não precisa ser assim. Uma das grandes mentiras que já nos ensinaram na vida é de que amor de verdade é único. O amor de verdade é múltiplo. Eis porque você tem a capacidade de amar tantas pessoas. Eis porquê você ama seus parentes, seus amigos, seus animais de estimação e coisas mais abstratas como sua vida, sua felicidade e sua liberdade. O amor é um sentimento sem limites ou fronteiras.

[]As pessoas sempre criticam dizendo que se você admite outras pessoas, não existe amor de verdade. Por quê? Acaso o amor verdadeiro é egoísta?

Você não vai perder seu parceiro (a) se você lhe der liberdade de comprometimento, ao contrário, isso te dará paz e segurança. Por quê? Por que você não vai mais precisar se preocupar com traições porque elas não mais existirão: Quando se tem liberdade de ter outras pessoas e isso não é proibido, o “gosto” pela traição diminui. A pessoa não pensa mais como uma alternativa de escape porque ela não se sente presa[]

Naturalmente, a pessoa acaba por se voltar ao diálogo, e quão melhor não seria sermos francos e verdadeiramente amigos e confidentes de nossos parceiros? Sentar e dizer “Olha, estou gostando de uma garota muito interessante, que gostaria que conhecesse, creio que irá gostar”. Não existe ameaça nisso porque não há substituições, apenas acréscimos. Não há mais o medo de perda: Porque simplesmente não há mais a necessidade da troca. Se um relacionamento acabar, não é porque surgiu uma nova pessoa com quem ele ou ela gostaria de se relacionar, é porque ela realmente não quer mais se relacionar com você. Um término é mais tranquilo que uma substituição.

Compersão é a palavra portuguesa para o termo em inglês Compersion, que significa ausência de ciúmes, ou estar feliz com a felicidade do outro. Vou além: Não se trata de ser feliz apenas com a felicidade do outro, mas com sua liberdade, com sua paixão, com seu amor. É ser feliz que seu parceiro(a) é amado(a) verdadeiramente por outras pessoas, que é tão bem cuidado por outras pessoas quanto o é por você. É ver o amor e carinho que ele(a) sente por outros parceiros(as) e ver isso com bons olhos ao invés de maus: Você não está de fora, você faz parte da família.

Poliamor acima de tudo exige respeito. Se trata, basicamente, de estar feliz pela pessoa que você ama ser livre para amar, ser livre para se relacionar com carinho e comprometimento a outras pessoas tão interessantes quanto ela ou você.

Podemos viver a vida inteira com um só e ainda assim amar plenamente e permitir liberdade? Sim, podemos. Poliamor não é sobre ter vários parceiros a todo custo, mas reconhecer o direito e a possibilidade. Assim como amar mais de um não é uma afronta à sua individualidade. Não te torna menos especial, você ainda é único. Não se trata de “insatisfação”, mas liberdade de amar e desejo de acréscimo, não completude. Comece a pensar assim e verá o ciúme desaparecer. Talvez a frase mais sábia que eu já tenha ouvido falar na vida seja:

“As coisas que gosto deixo-as livres: Se voltarem é porque as conquistei, se não voltarem é porque nunca as tive”. A pessoa que é livre não deseja fugir. Conquiste as pessoas, não as prenda, e as terá consigo enquanto houver amor e respeito.

http://poliamores.blogspot.com/2010/01/compersao-o-oposto-do-ciume.html

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Casamento homossexual aprovado em Portugal

casmgayarp2 A proposta de Lei nº 7/XI, apresentada pelo governo, que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi hoje, 8 de Janeiro de 2010, aprovada pelo parlamento português, com os votos a favor do PS, PCP e BE, sete abstenções do PSD, votos contra do CDS, PSD e dois deputados do PS. Aprovado o diploma vai baixar agora à comissão.

Apesar da  proposta de lei do Governo exclui a possibilidade de adopção por casais homossexuais, a votação na assembleia da republica que estabelece a igualdade no casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, é mais um passo importante no fim das descriminações impostas aos cidadãos portugueses com base na sua orientação sexual e uma boa forma de celebrar o 100º aniversário da Republica de Portugal.

As propostas do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), que incluía a igualdade no acesso à adopção por casas homossexuais for rejeitada pelos votos da direita e do Partido Socialista.

Passo a passo se fazem as conquistas possíveis e hoje é um dia para celebrar.

Os meus agradecimentos a tod@s os activistas dos direitos humanos que ao longo de décadas dedicaram tanto da sua vida para que mais este passo a caminho da igualdade.

Comediante lésbica portuguesa protesta lançamento de livro anti-casamento homossexual

HMartins A orientação sexual não se escolhe, mas pode condicionar outras opções, como o casamento, defendeu a activista lésbica Helena Martins, que hoje protestou contra a data escolhida para lançamento do livro "Porque Não - Casamento Entre Pessoas do Mesmo Sexo".

O livro, escrito pelo juiz de Direito Pedro Vaz Patto e pelo sacerdote Gonçalo Portocarrero de Almada, foi apresentado hoje na livraria Alêtheia, em Lisboa, a dois dias de serem discutidas e votadas, na Assembleia da República, as propostas de Governo, PSD, BE e Partido Ecologista Os Verdes e também uma petição por um referendo sobre o casamento homossexual.

Segundo Helena Martins, fundadora da associação Lesbians Out Loud, que tentou, em vão, organizar uma manifestação para hoje, o protesto "nunca seria contra a publicação" da obra da Alêtheia, "pois as ideias devem ser debatidas", mas "contra a altura escolhida para o lançamento".

"É um facto que as editoras têm livros para vender e que o lançamento nesta semana faz todo o sentido em termos de marketing, mas os autores e a editora têm de ver que há pessoas que podem sair lesadas com este tipo de ideia", declarou a activista de 37 anos aos jornalistas, à margem da sessão.

Justificando a impossibilidade de concretizar a manifestação por ser "muito complicado pedir às pessoas que dêem a cara", Helena Martins - que assume a sua homossexualidade "na família e no trabalho" - afirmou que o que os autores do livro estão a fazer é "continuar a instigar à homofobia e à exclusão".

"Quero mostrar que, se me espetarem uma faca, eu sangro, se me magoarem, eu choro, e que tenho direito a viver a minha vida em pleno. Não o faço neste momento porque o facto de haver leis para uns e leis para outros ou a não inclusão, na lei, de todos, permite a discriminação", declarou.

"Onde fica a minha dignidade quando eu não posso assumir certos direitos com a pessoa com quem estou? Eu e a minha companheira preparamo-nos para viver juntas e temos a intenção de casar, se a lei for para a frente" e "mesmo que não quisesse casar, é importante ter liberdade de escolha", sublinhou.

Afirmando que "a orientação sexual não é uma questão de opção", pois se tivesse podido escolher era heterossexual, já que "tudo seria mais fácil", Helena Martins, directora de vendas web em Lisboa, contou aos jornalistas que viveu um período "muito tortuoso", durante dois anos, até assumir a sua homossexualidade.

A activista, que fundou a associação Lesbians Out Loud em Londres, onde viveu durante seis anos, e que é comediante lésbica (http://www.helenamartins.com) nos tempos livres, foi "completamente heterossexual até aos 18 anos" e "sonhava casar", não tendo podido ainda concretizar esse plano devido à sua homossexualidade.

Helena Martins considera ainda que "não compete à maioria referendar os direitos ou liberdades das minorias", pois "se assim tivesse sido sempre ao longo dos anos, hoje ainda teríamos muitas injustiças em todo o mundo".

Fonte: Lusa e Ionline